sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Um pouquinho da minha vida VII

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E foi... simplesmente magnifico. Nunca uma Missa tinha mexido tanto comigo quanto aquela mexeu, foi como se Deus me desse a prova de que Ele tinha sempre estado ao meu lado, apesar de pensar que Ele tinha me abandonado.
O Espirito Santo me tocou de tal maneira que sabia, de alguma maneira que não sabia explicar que eu ia ser curada não só da minha pele mais do meu espirito que eu não sabia mais que estava doente com a falta que eu sentia do Senhor.
Tomei minha decisão e disse para minha tia que eu ia sim para a Bahia. E fomos eu, ela e meu primo que na época tinha um aninho de idade.
Chegando na Bahia assi que meus avós me viram se assustaram da maneira que estava meu corpo, todo alergico, descascando e em algumas partes muito ferido por eu coçar tanto, doia muito, tinha roupas que eu tinha que pensar em usar pois esquentava e me irritava.
Nos primeiros dias foi um verdadeiro inferno e queria voltar para minha casa a todo custo ligava para minha mãe chorando. Não conseguia dormi por causa do calor, apesar dos remedios fortes que eu tomava para dormi não fazia efeito, os anti-alergicos de nada adiantavam. Ficava o dia todo nos fundos da casa do meu tio pois era o lugar mais fresco e a noite dormia na casa de uma tia minha no chão ainda por causa que a cama parecia pegar fogo. Ao amanhecer todos os dias tinha que lavar as roupas de cama pois amanhecia cheias de casquinhas da minha pele e toda melada de sangue.
Era como uma tortura sem fim.
Logo na primeira
semana minha vó me levou na casa de um senhor que conhecia varios remedios com ervas, matos... Ele não demorou muito para começar a fazer os remédios para mim, mas como era forte tinha que tomar os banhos , os remédios de vagar erminar um para começar o outro e assim por diasnte. Tinha coisas que nem sei como conseguia fazer, mais quando pensava em desistir de tudo pensava "é para o meu bem vou conseguir". Com o tempo alergia foi diminuindo, e a tortura acabando.
Apesar que estava diminuindo a irritação na minha pele ainda vi gente que me olhava com cara de nojo e repulsa. Em uma dessas vezes fui na farmacia com a minha avó e um senhor me perguntou o que eu tinha na pele respondi que era dermatite atópica e ele falou " DERMATITE NADA ISSO NÃO EXISTE, VC PRECISA É DE ALCOOL PARA MATA ISSO". Foi como se tivessem me dado um tiro no peito doeu mais do que minha pele doia quando eu me machucava toda cossando. As pessoas me falavam para eu não ligar que era gente ignorante que falava isso, mais é que não era elas que estava sofendo um preconceito que não cabia a mim freiar ou não, um preconceito do qual eu não tinha culpa de ter tal doença na minha pele. As lágrimas que desciam do meu rosto naquele dia eram de raiva- por ter gente tão maldosa nesse mundo incapaz de perceber que as pessoas sofrem, que certas pelavras machucam mais que um tapa na cara- odeio de mim mesma- por ser imcapaz de perceber que aquele mundo não era o meu, por pensar que um dia teria uma pele, uma vida, normal como de qualquer outra pessoa- vergonha- por ter uma pele daquela situação- e o pior de tudo o orgulho- que não me permitia falar para as pessoas como tudo aquilo me machucava.
Mal sabia eu o que me esperava...
Bjs Grazy

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