quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Um pouquinho da minha vida FINAL


... Mal sabia eu que estava ali o meu alivio.
Os dias foram se passando e a minha pele com
o tratamento que eu estava fazendo estava parando de sangrar e deixando finalmente eu dormir as noites, mas mesmo com os tratamentos com as ervas eu ainda fui em uma dermatologista la na Bahia cujo me receitou uns remédios muitos bons (que uso até hoje quando tenho alguma crise alérgica). A cada dia que se passava via claramente a melhora na minha pele e não podia acreditar, as vezes parava para pensar e via se tudo aquilo não era um sonho em que eu iria acordar e ver que nada teria mudado.
Por fim chegou o dia da minha tia vim embora e eu não tinha terminado de tomar todos os remédios foi então que resolvi ficar e terminar o que tinha começado fiquei no total quase três meses, morrendo de saudades dos meus pais e do meu irmão, mais aguentei até o ultimo que eu
pude e quando chegou a época de eu vim embora não tinha mais NADA eu disse nada na minha pele, a não ser algumas manchas que ficaram pois com os remédios que eu tomei saíam da minha pele bolhas com pus, para mim parecia que era a doença saindo do meu corpo e até hoje eu acredito nisso.
Enfim me curei e voltei para São Paulo sozinha quando meu pai foi me buscar na rodoviária ele não acreditava no que estava vendo e desabou a chorar aliás nem eu acreditava e muitas vezes era tomada pelo medo de tudo aquilo um dia voltar... Era como se fosse um milagre na verdade era um milagre. Vi que Deus me mostrou o caminho que seguir e que Nossa Senhora tinha intercedido por mim e ouvido as minha preces, por isso me sinto eternamente em divida com a minha mãezinha divina.
Não demorou muito e voltei para a consulta no dermatologista e ele falou que era impossível que não tivesse nada na minha pele e que aquilo poderia ser uma melhora passageira eu simplesmente olhei para a cara dele e respondi que não era apena
s uma melhora e que eu estava curada, e dito e feito os meses foram se passando, o ano passou e nada de ter voltado a tal Dermatite Atópica.
E hoje quase dois anos depois vejo com o Senhor me mostrou o caminho que seguir, como aquela viagem que estava com receio de fazer foi a melhor coisa que já fiz na minha vida.
E enxerguei acima de tudo que nada é impossível quando se tem fé e só é preciso esperar, pois o tempo de Deus não é o nosso tempo e Ele age sempre na hora certa.
Então é isso galera até que enfim terminei esses posts neh? Mas, espero que vocês tenham gostado. E da aqui para frente vou mudar o meu blog espero que vocês gostem. A mudando provavelmente só ocorrerá em janeiro mais fiquem atentos.

PS.: A foto acima é para mostrar como estou hoje,
sem nada na minha pele. ^^

xoxo Grazi.

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Um pouquinho da minha vida VII

...
E foi... simplesmente magnifico. Nunca uma Missa tinha mexido tanto comigo quanto aquela mexeu, foi como se Deus me desse a prova de que Ele tinha sempre estado ao meu lado, apesar de pensar que Ele tinha me abandonado.
O Espirito Santo me tocou de tal maneira que sabia, de alguma maneira que não sabia explicar que eu ia ser curada não só da minha pele mais do meu espirito que eu não sabia mais que estava doente com a falta que eu sentia do Senhor.
Tomei minha decisão e disse para minha tia que eu ia sim para a Bahia. E fomos eu, ela e meu primo que na época tinha um aninho de idade.
Chegando na Bahia assi que meus avós me viram se assustaram da maneira que estava meu corpo, todo alergico, descascando e em algumas partes muito ferido por eu coçar tanto, doia muito, tinha roupas que eu tinha que pensar em usar pois esquentava e me irritava.
Nos primeiros dias foi um verdadeiro inferno e queria voltar para minha casa a todo custo ligava para minha mãe chorando. Não conseguia dormi por causa do calor, apesar dos remedios fortes que eu tomava para dormi não fazia efeito, os anti-alergicos de nada adiantavam. Ficava o dia todo nos fundos da casa do meu tio pois era o lugar mais fresco e a noite dormia na casa de uma tia minha no chão ainda por causa que a cama parecia pegar fogo. Ao amanhecer todos os dias tinha que lavar as roupas de cama pois amanhecia cheias de casquinhas da minha pele e toda melada de sangue.
Era como uma tortura sem fim.
Logo na primeira
semana minha vó me levou na casa de um senhor que conhecia varios remedios com ervas, matos... Ele não demorou muito para começar a fazer os remédios para mim, mas como era forte tinha que tomar os banhos , os remédios de vagar erminar um para começar o outro e assim por diasnte. Tinha coisas que nem sei como conseguia fazer, mais quando pensava em desistir de tudo pensava "é para o meu bem vou conseguir". Com o tempo alergia foi diminuindo, e a tortura acabando.
Apesar que estava diminuindo a irritação na minha pele ainda vi gente que me olhava com cara de nojo e repulsa. Em uma dessas vezes fui na farmacia com a minha avó e um senhor me perguntou o que eu tinha na pele respondi que era dermatite atópica e ele falou " DERMATITE NADA ISSO NÃO EXISTE, VC PRECISA É DE ALCOOL PARA MATA ISSO". Foi como se tivessem me dado um tiro no peito doeu mais do que minha pele doia quando eu me machucava toda cossando. As pessoas me falavam para eu não ligar que era gente ignorante que falava isso, mais é que não era elas que estava sofendo um preconceito que não cabia a mim freiar ou não, um preconceito do qual eu não tinha culpa de ter tal doença na minha pele. As lágrimas que desciam do meu rosto naquele dia eram de raiva- por ter gente tão maldosa nesse mundo incapaz de perceber que as pessoas sofrem, que certas pelavras machucam mais que um tapa na cara- odeio de mim mesma- por ser imcapaz de perceber que aquele mundo não era o meu, por pensar que um dia teria uma pele, uma vida, normal como de qualquer outra pessoa- vergonha- por ter uma pele daquela situação- e o pior de tudo o orgulho- que não me permitia falar para as pessoas como tudo aquilo me machucava.
Mal sabia eu o que me esperava...
Bjs Grazy